8 de mai. de 2009

Fogo amigo


da voz não vertia o verbo
que palavra incerta fazia
queria falar com os olhos
mas na distância da pele
nem o olhar se dizia

era um temor sem alinho
um desfazer de passados
vontade em redemoinho
um ouvir sem quimeras
rangendo a porta da alma

baniam os lábios perversos
carrascos daquela emoção
toda palavra benzida
infusão de ervas sagradas
fogo amigo no coração

Um comentário:

Lulih Rojanski disse...

Quisera eu ter o dom para toda essa poesia...