O sorriso de Gisela era assim tão real pra mim, muito antes de vê-lo com meus próprios olhos. Naquele dia conheci a alegria bem de pertinho. Estava lá, descendo os caminhos de dona Peregrina na direção da rua esbranquiçada ao sol do Alto Santo, quando se deu conta da minha presença. Abriu o riso que se ria com todo o rosto, com toda a generosidade dos braços acolhedores. Alto Santo não é um lugar de vir embora.
O sorriso de Gisela era assim tão real pra mim, muito antes de vê-lo com meus próprios olhos. Naquele dia conheci a alegria bem de pertinho. Estava lá, descendo os caminhos de dona Peregrina na direção da rua esbranquiçada ao sol do Alto Santo, quando se deu conta da minha presença. Abriu o riso que se ria com todo o rosto, com toda a generosidade dos braços acolhedores. Alto Santo não é um lugar de vir embora.
Velha nova amiga nada virtual, conheci Gisela há uns seis anos através das caixinhas de comentários do blog O Espírito da Coisa, publicado pelo jornalista, escritor e sobretudo pensador acreano Toinho Alves. Havia uma atmosfera de construção de afetos no ar, que fluía em torno da vida na Amazônia em suas nuances mais profundas.
O ser, o fazer, o reconhecer-se, o sentir da gente que habita a fronteira da cidade com a floresta, na luta pela sobrevivência da alma amazônica. Resumir o Espírito da Coisa assim é por demais imprudente, mas essa percepção entra aqui apenas para situar as longas e saborosas conversas com gente que jamais imaginei ver de tão perto. Gisela sorria nas entrelinhas de suas falas escritas e eu a imaginava assim mesmo, do jeitinho que ela é, explosão de alegria.
Abracei Gisela como se abraça alguém que o tempo, de forma inconsequente, mandou pra longe por vidas. Fato é que o tempo é senhor de muitas incompreendidas artimanhas. E como pouco se sabe das linhas tortas de Deus, creio eu que o Alto Santo está agora tão pertinho que nem mais cabe num sonho. Bem ali, com suas casas simples, sua gente solidária em busca do encontro vital com o espírito das coisas. Tem Gisela, dona Peregrina, Toinho, Altino, Elson, Irizete... Nossa! Acho que até eu fiquei por lá.
Foto: Elson Martins
O ser, o fazer, o reconhecer-se, o sentir da gente que habita a fronteira da cidade com a floresta, na luta pela sobrevivência da alma amazônica. Resumir o Espírito da Coisa assim é por demais imprudente, mas essa percepção entra aqui apenas para situar as longas e saborosas conversas com gente que jamais imaginei ver de tão perto. Gisela sorria nas entrelinhas de suas falas escritas e eu a imaginava assim mesmo, do jeitinho que ela é, explosão de alegria.
Abracei Gisela como se abraça alguém que o tempo, de forma inconsequente, mandou pra longe por vidas. Fato é que o tempo é senhor de muitas incompreendidas artimanhas. E como pouco se sabe das linhas tortas de Deus, creio eu que o Alto Santo está agora tão pertinho que nem mais cabe num sonho. Bem ali, com suas casas simples, sua gente solidária em busca do encontro vital com o espírito das coisas. Tem Gisela, dona Peregrina, Toinho, Altino, Elson, Irizete... Nossa! Acho que até eu fiquei por lá.
Foto: Elson Martins