Há um pé de silêncio
Plantado em único vaso
No batente da janela
Do meu pensamento
É noite e a sombra pesa
Sobre a única e rara flor
Bem no alto do fino caule
Do pequeno pé de silêncio
É branca a flor do silêncio
E sua alva serenidade
Mergulha feito um farol
Na emergente madrugada
No pátio vazio e sem vento
O tronco demasiado antigo
Da árvore dos sentimentos
Recolhe o calor da enxurrada
Frestas lanhadas de chuva
Retorno ao inverno do tempo
Regando tristeza frondosa
Ao sabor do pé de silêncio
Plantado em único vaso
No batente da janela
Do meu pensamento
É noite e a sombra pesa
Sobre a única e rara flor
Bem no alto do fino caule
Do pequeno pé de silêncio
É branca a flor do silêncio
E sua alva serenidade
Mergulha feito um farol
Na emergente madrugada
No pátio vazio e sem vento
O tronco demasiado antigo
Da árvore dos sentimentos
Recolhe o calor da enxurrada
Frestas lanhadas de chuva
Retorno ao inverno do tempo
Regando tristeza frondosa
Ao sabor do pé de silêncio
Márcia Corrêa
(Tela: Afternoon Dreams, de Consuelo Gamboa)
2 comentários:
Maravilhoso, Márcia! Acho que depois disso, posso afirmar que também trago comigo "um pé de silêncio"...
Acho que fazemos parte da safra de almas que cultivam pés de silêncio... já nossas filhas (não sei as suas) plantam florestas de barulho... rsrsrs
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