O produtor cultural, poeta, compositor e escritor Aroldo Pedrosa (foto) é daquelas pessoas imprescindíveis para a agitação da cena cultural de uma cidade. No final de 2002 teve a idéia de lançar uma revista especializada em cultura, com reportagens sobre a movimentação artística, entrevistas e ensaios, A Vanguarda Cultural.
A qualidade editorial e a beleza gráfica do projeto chamam atenção, sobretudo quando emergem dos bastidores as imensas dificuldades que Aroldo e sua equipe de colaboradores enfrentam para realizá-lo. Esse ano, a Vanguarda Cultural foi convidada a fazer parte do projeto Pontos de Cultura do Ministério da Cultura, em reconhecimento à sua qualidade e à perseverança do produtor. Aroldo Pedrosa conversou com o Papel de Seda sobre a experiência da Vanguarda Cultural.
Papel de Seda - Quando e como surgiu a revista Vanguarda Cultural?
Aroldo Pedrosa - Eu trabalhava no Governo Capiberibe - no último mês do segundo mandato - como assessor de comunicação e, ao terminar o governo, fiquei desempregado. Por ter me empenhado, sobretudo na divulgação da inauguração do Museu Sacaca do Desenvolvimento Sustentável - a obra que o Capi escolheu para entregar à sociedade na saída -, fiquei marcado por isso e encontrei muitas dificuldades em manter minhas atividades como jornalista. Aí procurei dar meu grito de independência e ser autônomo: no dia 1º de maio de 2003 (dia do trabalhador), lancei o primeiro número da Vanguarda Cultural. Teve gente que disse que não passaríamos da primeira edição e, no entanto, chegamos a cinco anos com 13 edições - muito mais que a Pif-Paf do Millôr Fernandes, que teve só um número.
Papel de Seda - Completando cinco anos de existência, sem conseguir manter uma periodicidade regular, quais os principais percalços para produzir uma publicação voltada para a cultura?
Aroldo Pedrosa - Os principais percalços?... Esses caras que detém o poder não terem a menor identidade com o que há de mais expressivo e rico num povo, que é a sua cultura.
Papel de Seda - A Vanguarda Cultural está prestes a se tornar um ponto de cultura do Ministério da Cultura. Como você conseguiu dar esse salto?
Aroldo Pedrosa - Levando para os mais longínquos pontos do país a minha arte, que é - isso eu tenho consciência - a minha maior expressão. A minha atuação no projeto Navegar Amazônia, como agente cultural e assessor de comunicação, também serviu pra que as pessoas soubessem da minha relação com a cultura. A participação do Jorge Mautner - que, além de grande artista influenciador e intelectual, é meu amigo - em uma expedição do Naegar Amazônia, foi fundamental. E, por fim, a vinda do Gil a Macapá, que estive o tempo todo com ele e está toda a conversa que tivemos na entrevista publicada nesta edição especial de aniversário.
Papel de Seda - Quando e como surgiu a revista Vanguarda Cultural?
Aroldo Pedrosa - Eu trabalhava no Governo Capiberibe - no último mês do segundo mandato - como assessor de comunicação e, ao terminar o governo, fiquei desempregado. Por ter me empenhado, sobretudo na divulgação da inauguração do Museu Sacaca do Desenvolvimento Sustentável - a obra que o Capi escolheu para entregar à sociedade na saída -, fiquei marcado por isso e encontrei muitas dificuldades em manter minhas atividades como jornalista. Aí procurei dar meu grito de independência e ser autônomo: no dia 1º de maio de 2003 (dia do trabalhador), lancei o primeiro número da Vanguarda Cultural. Teve gente que disse que não passaríamos da primeira edição e, no entanto, chegamos a cinco anos com 13 edições - muito mais que a Pif-Paf do Millôr Fernandes, que teve só um número.
Papel de Seda - Completando cinco anos de existência, sem conseguir manter uma periodicidade regular, quais os principais percalços para produzir uma publicação voltada para a cultura?
Aroldo Pedrosa - Os principais percalços?... Esses caras que detém o poder não terem a menor identidade com o que há de mais expressivo e rico num povo, que é a sua cultura.
Papel de Seda - A Vanguarda Cultural está prestes a se tornar um ponto de cultura do Ministério da Cultura. Como você conseguiu dar esse salto?
Aroldo Pedrosa - Levando para os mais longínquos pontos do país a minha arte, que é - isso eu tenho consciência - a minha maior expressão. A minha atuação no projeto Navegar Amazônia, como agente cultural e assessor de comunicação, também serviu pra que as pessoas soubessem da minha relação com a cultura. A participação do Jorge Mautner - que, além de grande artista influenciador e intelectual, é meu amigo - em uma expedição do Naegar Amazônia, foi fundamental. E, por fim, a vinda do Gil a Macapá, que estive o tempo todo com ele e está toda a conversa que tivemos na entrevista publicada nesta edição especial de aniversário.
O convite que o MinC me enviou para que eu participasse da TEIA - A Rede de Ccutura do Brasil, realizada no perído de 12 a 16 de novembro passados, onde lancei a minha revista lá, também teve uma importância enorme para que o Célio turino - secretário de Programas e Projetos do MinC, me reconhecesse como um produtor cultural e, conseqüentemente, como um Ponto de Cultura. Claro que quando cito o meu nome estou me referindo a toda trupe que me ajuda a fazer a Vanguarda Cultural, que são esses nomes que estão no expediente da revista.
Papel de Seda - O que falta para que a arte chegue onde o povo está em Macapá?
Aroldo Pedrosa - Incentivos! Incentivos! E de todos os lados, tanto do governo quanto da iniciativa privada.
Papel de Seda - Na sua opinião o que deveria ser prioridade em termos de políticas culturais para o novo prefeito de Macapá?
Aroldo Pedrosa - Chamar a classe para discutir com ela a elaboração de um grande programa cultural de governo. A criação de uma Fundação e de um fundo para a Cultura seriam também prioridades.
Um comentário:
Olá, Marcia Corrêa! Reconheço em seu texto uma clareza, clarividência literal. Coisa bonita de se ler. E o Aroldo Pedrosa, tão eloquente quanto, já morou em nossa cidade, Itaituba-PA, e desenvolveu belíssimos projetos culturais. Criatividade e visão são suas características principais. Além da veneração pelo grande Caetano Veloso. Um grande abraço!
Luiz Henrique Macêdo
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