Como Rita Ribeiro, Ceumar e Vange Milliet, a paulistana Vanessa Bumagny é do clã de Zeca Baleiro e Chico César. Em seu segundo álbum, Pétala por Pétala (Universal), ela assina parcerias com os dois. O maranhense produziu o CD, mas a afinidade com ele e com o paraibano vem de longa data. Vanessa já foi da banda de Chico e também dividiu canções com ambos no primeiro álbum, De Papel (2003).
As referências são importantes para entender o diversificado universo sonoro da cantora. As influências são muitas, como ela mesma observa. Preconceito de gêneros, nenhum. Ciúme Não Mata é uma “guarânia meio mambo”, Roteiro tem “toques de tango”.
Cantora afinada e de timbre envolvente, Vanessa se descobriu compositora quando foi morar na Espanha nos anos 1990. De lá trouxe influências do flamenco que aparece em Alma Insensata, poema da galega Rosalia de Castro musicado por ela. Vanessa também é atriz, já cantou em banda de forró e musicou outros poetas espanhóis. Com esse histórico, poderia ser considerada mais uma dessas “ecléticas”. No entanto, o ouvinte interessado vai aos poucos identificar sua personalidade em cada detalhe do que canta. É notável seu crescimento de um CD para outro. Merece ser ouvida com atenção.
Jornal Zero Hora - Porto Alegre/RS
Um comentário:
Recomendada por Márcia, Vanessa deve ser o máximo. Não conheço o trabalho dela e fiquei curiosíssimo com o que li. Mande mais, baby!
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