RESUMO DO LIVRO
A partir da nomeação do primeiro governador do Território Federal do Amapá, Capitão Janary Gentil Nunes, em 1943, o modo de vida local foi sistematicamente desconsiderado por seu governo e pelos governantes que o sucederam no período compreendido entre 1945 e 1970, balizado pela idéia de progresso para a região baseada na construção de uma malha rodoviária em desprezo às hidrovias existentes – a grande marca da vida regional – através de seus rios.
Tal desdém político gerou tensão entre o discurso oficial adotado – que priorizava e engrandecia a construção de estradas – contra o modo de vida local dos amapaenses que retiravam dos rios sua vivência e sobrevivência. Diante deste contexto, o livro apresenta um estudo sobre o modo de vida marítimo-fluvial e a cultura material dos regatões que comercializavam e abasteciam com gêneros variados a cidade de Macapá – capital do então Território.
Demonstra que para os regatões os rios eram fundamentais – não apenas no tocante às trocas e negociações comerciais, mas também em relação às experiências vividas que se traduzem na essência dos homens da região... O entendimento do modo de vida de alguns regatões foi desenvolvido não com um sentido nostálgico e perdido no tempo, mas como uma forma de identificação da tensão e da contradição existente entre o discurso governamental adotado e as formas de viver que ocorriam frente às mudanças que aconteciam no Território do Amapá naquele momento.
Serviço
Lançamento do livro Na ilharga da Fortaleza
Local: SESC Centro (Pe. Júlio com Gal. Rondon)
Data: 28 de novembro (sexta-feira)
Hora: 20 horas
(Fonte: Paulo Marcelo Cambraia)
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