3 de mar. de 2010

A busca por Tainá 3

No trigésimo oitavo tratamento de script de “Tainá 3” surgiu Gobi: um indiozinho de onze anos criativo e espirituoso que tem mais afinidade com o computador do que com a lança. O que seria apenas mais uma personagem na série da indiazinha defensora da floresta pode se tornar um desafio de proporções amazônicas, se levar em consideração o último processo de seleção de atores para escolher a substituta da atriz principal da trama.

Foram dois anos e oito meses e milhares de quilômetros percorridos de avião, carro e barco por mais de 30 cidades, vilas e aldeias do interior de quatro Estados do Norte do país (Amazonas, Amapá, Pará e Roraima), entrevistando cerca de três mil candidatas para se chegar a um grupo de onze garotas. “Infelizmente, só uma delas sairá daqui com o papel”, diz o diretor de elenco, Cláudio Barros.

O treinamento das pré-selecionadas para viver a personagem principal do filme “Tainá 3” começou no dia 22 de fevereiro, no Parque dos Igarapés, em Belém. Serão seis semanas de confinamento. Após a terceira semana, quatro crianças (por semana) voltam para suas casas até ficarem as duas finalistas, na última semana.

Em vez de dar sequência à história do segundo longa-metragem, “Tainá 3” vai remontar às origens da jovem guerreira - por isso a busca por uma nova protagonista, já que Eunice Baía está prestes a completar 20 anos.

“Quando começamos o projeto, em 2005, a ideia inicial era dar continuidade à história com a Tainá já adolescente indo visitar a cidade. Mas, em pesquisas com o público infantil, esse conceito foi um fiasco. As crianças queriam saber o que havia por trás do mito: como ela ganhou seus poderes? como ela ficou órfã? quem era a mãe dela?”, explica Cláudio, acrescentando que o filme vai explorar novas oportunidades, “começando do zero”.

Dirigido por Rosane Svartman, o final da trilogia poderá se tornar o primeiro filme brasileiro rodado em 3D. Segundo a produção, após um convite de uma produtora alemã, para trabalhar com a tecnologia, a filmagens estão programada para começar em junho próximo. Serão oito semanas de trabalho divididas entre locações na região de Santarém, no Pará, e na Ilha de Santana, no Amapá. A estreia nacional deverá ocorrer nas férias de 2010/2011.

FAZ-DE-CONTA

Olhinhos puxados e cortes de cabelo iguais ao da heroína. O primeiro passo do treinamento para o papel da pequena Tainá foi formar uma turma coesa. As atividades seguem uma rotina diária de sete horas, que envolvem brincadeiras, faz-de-conta e dinâmicas de grupo. O Parque dos Igarapés foi escolhido como cenário para esse trabalho de adaptação de crianças nascidas a milhares de quilômetros dos centros urbanos.

Wara da Silva de Oliveira, 7 anos, veio da tribo Satere, no Baixo Amazonas, em busca do papel. Na rotina da menina, além das aulas ministradas por um tutor contratado pela produção, estão treinos de canoagem e brincadeiras com arco e flecha para compor a personagem.

Como parte da composição da personagem, as garotas são mantidas no local, sob cuidados dos seus responsáveis, tendo apenas os domingos livres. Mas logo elas estarão recebendo companhia. No dia 14, cinco jovens atrizes chegam para participar do treinamento, concorrendo para a personagem Maya, mãe de Tainá, que aparecerá pela primeira vez na série.

A produção do filme começa esta semana a procura pelo personagem Gobi, paralelamente ao treinamento que já está sendo realizado. Tomara que tenham mais sorte nesta empreitada.

SERVIÇO
Seleção para o personagem Gobi, do filme “Tainá 3”.
Os candidatos devem ser ter traços indígenas e idade entre 9 e 11 anos.
Envio de material fotográfico para o e-mail elencotaina3@gmail.com.
Mais informações: (91) 8815-0437.

Fonte: Diário do Pará

3 comentários:

Camila Karina disse...

Márcia querida, estou passando pra te mandar um beijo e dizer que sinto saudades (por mais que soe estranho).

E tbm falar do blog: Eu sou do Norte, que estou participando com mais dois amigos jornalistas.

eis o end: http://nortesou.blogspot.com

Um beijo!

Márcia Corrêa disse...

Camila
Saudade de prima mais nova soa é muito carinhosamente. Passa lá na Confraria num final de tarde pra gente combinar umas artes.
Bjs

Juliana Corrêa disse...

Eu conheço uma índiazinha lindaa que daria uma beeela Tainá. Mas acho que o Eduardo não concordaria em deixa-la fazer o papel e nem ela concordaria em usar pouca maquiagem. hahahaha