Tem dia que um risco
feito de quase nada
faz descer sobre as pontes
uma sombra velada de noite.
As pontes, então,
são opacas estradas curtas
entre a fé e o coração.
São o desleixo da saudade
escorando de um lado a solidão,
do outro a mão espalmada na escuridão.
Não são pontes de nada.
Se nada religam, nada trazem, nada levam,
de nada servirão.
Só a sombra encurvada e fria,
soberba caminhada do homem
sob copas de velhas árvores cansadas.
Haverá sempre o silêncio.
Descerá em prece úmida
e preencherá de promessas
a secura dos rios.
Construirá falas mudas
entre margens esquecidas.
Gritará palavras surdas
feito de quase nada
faz descer sobre as pontes
uma sombra velada de noite.
As pontes, então,
são opacas estradas curtas
entre a fé e o coração.
São o desleixo da saudade
escorando de um lado a solidão,
do outro a mão espalmada na escuridão.
Não são pontes de nada.
Se nada religam, nada trazem, nada levam,
de nada servirão.
Só a sombra encurvada e fria,
soberba caminhada do homem
sob copas de velhas árvores cansadas.
Haverá sempre o silêncio.
Descerá em prece úmida
e preencherá de promessas
a secura dos rios.
Construirá falas mudas
entre margens esquecidas.
Gritará palavras surdas
ao pé do ouvido de ninguém.
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