3 de jun. de 2010

Poema aflito

Tela de Gustav Klimt
meu poema começa e termina
no mesmo sopro
não espera rima
nem prepara a métrica
medida fria
é poema desidratado
das coisas da vida
nasce da ânsia
espasmo da vontade
vem de quimeras trepidantes
fogo amigo de si mesmo
nuvem de cinzas esvoaçantes
poema imaturo
preguiçoso de sofrer
covarde das artimanhas
do amanhecer
poema aflito
por saber onde habita
do amor a condenação

4 comentários:

Unknown disse...

Maravilhoso Márcia.

Te abraço

Ju Corrêa disse...

Lindo!

Fernando canto disse...

Márcia, vc precisa nos brindar mais com seus poemas. Este aí, um tanto maduro, reflete um estado de alma que aprende o mundo de forma dura. "É poema desidratado/ das coisas da vida", de onde os resíduos fazem nascer um novo tempo "preguiçoso de sofrer, ainda que a poeta saiba, só ela, "onde habita do a msor a condenação". Abs. Fernando Canto

Fernando canto disse...

Márcia, vc precisa nos brindar mais com seus poemas. Este aí, um tanto maduro, reflete um estado de alma que aprende o mundo de forma dura. "É poema desidratado/ das coisas da vida", de onde os resíduos fazem nascer um novo tempo "preguiçoso de sofrer, ainda que a poeta saiba, só ela, "onde habita do a msor a condenação". Abs. Fernando Canto