A Semana da Consciência Negra e XV Encontro dos Tambores homenageia este ano o Mestre Pavão, neto de Julião Ramos e um dos amapaenses que mais contribuiu para que a cultura do marabaixo fosse respeitada e ganhasse reconhecimento nacional. Falecido em maio deste ano aos 73 anos, Raimundo Lino Ramos deixou de herança o amor pela nossa cultura e o respeito pela história e por quem a faz. Entre histórias, lendas, lutas e conquistas, Mestre Pavão pediu aos filhos e netos, antes de falecer, que não deixassem a cultura morrer, e é isso que a família está fazendo junto com a coordenação do Encontro dos Tambores.
A Associação Folclórica Marabaixo do Pavão, formada por parentes e amigos, vai aproveitar a homenagem e apresentar um marabaixo que, segundo Gerson Ramos, filho do Mestre, vai ser o melhor que já foi visto em Macapá. No Dia da Consciência Negra, 20, o grupo do Pavão vai sair com aproximadamente 400 pessoas pelo bairro do Laguinho saindo da sede do São José até o Centro de Cultura Negra, onde fará uma apresentação especial após a missa. Antes do cortejo será servido um coquetel para os participantes.
A Associação é formada por pessoas de 1 ano, a bisneta do Mestre, até 90 anos, tia Zefa que ainda hoje canta ladrões de marabaixo. Gerson Ramos fala que a proposta da entidade é reunir pessoas de todos os grupos folclóricos do Amapá nesta grande homenagem. Personalidades da cultura popular como dona Natalina, Tia Biló, Tia Zefa, Tia Chiquinha e muitos outros estão convidados.
Mariléia Maciel
Assessora de Comunicação-UNA
Um comentário:
O encontro dos Tambores é uma festa muito linda ! Nosso povo do LAGUINHO é demais. Não deixemos nosso folclore morrer.
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