Há alguns anos o estudo e o ensino da Língua Portuguesa eram embasados no português de Portugal, enfocando suas regras e emprego. Todavia, após quinhentos anos de colonização, chegou-se a conclusão que já é tempo de rompermos com este paradigma. Tomando por base os estudos de Antonio Marcursi, começamos a rever estes dogmas e dar ao ensino da língua materna o valor de registro cultural, atribuindo a ela uma maior valorização. Procurando resgatar e promover a identidade cultural de cada falante. Reconhecendo que nesta manifestação lingüística, nos defrontamos com o verdadeiro registro do falar de um povo.
Assim, espera-se que os professores da língua materna passem a revigorar suas práxis e inaugurem um novo tempo em suas performances, encarando o falante como o verdadeiro detentor do registro da história e da evolução lingüística de um povo. Para tanto, esperamos que estes possam encarar a abordagem das variantes lingüísticas de forma a promover um estudo com base no registro filológico da língua, buscando a sua origem, detectando, analisando e registrando suas mudanças ao longo do tempo e não mais apenas o registro fonético (quando muito).
A evolução da vida como um todo encontra-se no poder de decidirmos apenas uma coisa: seremos autores das mudanças ou meros espectadores?
Judivalda Brasil
Professora Licenciada Plena em LetrasEspecialista em EAD
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