O projeto Navegando na Vanguarda apresenta o show-manifesto Tropicália na Linha do Equador, com o compositor/cantor amapaense Aroldo Pedrosa, vencedor de festivais de música popular pelo país, entre eles o 3º Fest Sinhá – Festival Internacional da Canção de Goiás/2000, o 10º Festival MPB de Tatuí/2001 (SP), o 37º Festival da Canção de Boa Esperança/2005 (MG) e o II Festival Universitário da Canção-Feucan/2005 (Macapá-AP).
Aroldo Pedrosa contará com o acompanhamento da banda Vanguarda Amazônica, formada pelos músicos amapaenses Alan Bacelar (direção musical, violão e guitarra solo), Irlan Guido (guitarra base), João Paulo (teclado), Helder Melo (baixo), Tato (bateria), Paulo Vilhena (percussão), Aritiene Dias (sax), Jorge Luís (trompete) e Antônio Carlos (trombone). Fechando o elenco, as becking-vocal Lorena e Camila, e a atriz Rosa Rente, que fará intervenções poéticas tropicalistas.
O repertório das canções do show foi escolhido através de um trabalho minucioso de pesquisa, fazendo um panorama da MPB, que vai da popularíssima e inesquecível Vou tirar você desse lugar (Odair José) à antológica e revolucionária É proibido proibir (Caetano Veloso), além das canções do compositor Aroldo Pedrosa que se destacaram pelos festivais do Brasil, como “Levemente Louca” e “Todas as Mulheres do Mundo nº 2” – ambas em parceria com o compositor Cléverson Baía.
O clássico Sintonia (Moraes Moreira), Aroldo Pedrosa e Américo Brasil cantam em homenagem saudosista à chamada música brega de qualidade que o movimento, sem nenhum preconceito, absorvia. A extraordinária “Construção”, de Chico Buarque de Holanda, e com os mesmos arranjos do tropicalista Rogério Duprat, o anfitrião interpreta em parceria com Roni Moraes, para, em seguida, rememorarem “Você não entende nada/Cotidiano”, do antológico encontro de Chico e Caetano, no show gravado ao vivo, realizado em 1972, no Teatro Castro Alves (Salvador/BA).
Rebeca Braga despontou no Festival Jovem da Canção (Fejoca) e hoje é cantora reconhecida em nosso cenário musical – canta Lindonéia (Caetano Veloso/ Gilberto Gil), gravada recentemente por Fernanda Takai. Dylan Rocha tem o jamaicano Bob Marley como mestre e faz o reggae do umbigo do mundo. Cléverson Baía, parceiro do protagonista Aroldo Pedrosa, é convidado para mostrar Levemente Louca.
Importante momento do show-manifesto é a reverência que o artista – discípulo confesso do movimento tropicalista – faz aos 41 anos da Tropicália, rememorando dois episódios históricos e controvertidos da cultura brasileira: o Phono 73 – quando o compositor/cantor baiano Caetano Veloso, ao retornar do exílio londrino, se apresentou com o cantor brega Odair José, cantando Vou tirar você desse lugar. O segundo episódio é o polêmico Festival Internacional da Canção-FIC, de 1968, realizado no Teatro TUCA (SP) e promovido pela Rede Globo, onde o criador da Tropicália, acompanhado da banda Os Mutantes, defendeu a sua É proibido proibir, explodindo em um discurso que perpetuou a máxima “Vocês não estão entendendo nada”. A reverência culmina com o retorno de “1968 – o ano que não terminou”, do escritor e jornalista Zuenir Ventura – livro famoso que fala dos acontecimentos da época, reeditado agora e provocando novas e acaloradas discussões. Em Vou tirar você desse lugar, o músico Alan Bacelar faz o violão tocado por Odair José, e na emblemática É proibido proibir, a banda Vanguarda Amazônica recebe o reforço da Mini Box Lunar para reviver a banda tropicalista Os Mutantes. É proibido proibir é homenagem ainda aos músicos que fizeram Os Joviais – grupo musical amapaense, dos anos 1960, provocador da retirada do governador Ivanhoé Gonçalves Martins – o mais linha-dura de todos os governadores militares que vieram para o Amapá no período da ditadura –, ao tocar em evento a canção de protesto de Caetano Veloso. O vocalista-fundador da banda, Jô Masan, hoje com mais de 50 anos, é convidado para relembrar o inusitado episódio ocorrido no auditório do Cine Territorial (atual Escola Barão do Rio Branco) e cantar “Vou Ver Chicago”, feita numa noite longínqua e clandestina dos anos rebeldes.
Tropicália na Linha do Equador contará ainda com cenário, decoração e banquete de frutas. Não perca!
Serviço
Show: Tropicália na Linha do Equador
Local: SESC Centro – Avenida Padre Júlio com Rua General Rondon
Data: 8 de dezembro de 2009 – terça-feira
Início: 21h
Traje: Tropicalista
Entrada: Franca - leve uma fruta, de preferência tropical, para o Banquete da Tropicália
Aroldo Pedrosa contará com o acompanhamento da banda Vanguarda Amazônica, formada pelos músicos amapaenses Alan Bacelar (direção musical, violão e guitarra solo), Irlan Guido (guitarra base), João Paulo (teclado), Helder Melo (baixo), Tato (bateria), Paulo Vilhena (percussão), Aritiene Dias (sax), Jorge Luís (trompete) e Antônio Carlos (trombone). Fechando o elenco, as becking-vocal Lorena e Camila, e a atriz Rosa Rente, que fará intervenções poéticas tropicalistas.
O repertório das canções do show foi escolhido através de um trabalho minucioso de pesquisa, fazendo um panorama da MPB, que vai da popularíssima e inesquecível Vou tirar você desse lugar (Odair José) à antológica e revolucionária É proibido proibir (Caetano Veloso), além das canções do compositor Aroldo Pedrosa que se destacaram pelos festivais do Brasil, como “Levemente Louca” e “Todas as Mulheres do Mundo nº 2” – ambas em parceria com o compositor Cléverson Baía.
Tropicália na Linha do Equador é um show coletivo de artistas convidados – Lula Jerônimo, Jô Masan, Cléverson Baía, Dilean Monper, Roni Moraes, Dylan Rocha, Américo Brasil, Alê d’Ile, Rebeca Braga, Layza Michelle e Brenda Nandes.
O clássico Sintonia (Moraes Moreira), Aroldo Pedrosa e Américo Brasil cantam em homenagem saudosista à chamada música brega de qualidade que o movimento, sem nenhum preconceito, absorvia. A extraordinária “Construção”, de Chico Buarque de Holanda, e com os mesmos arranjos do tropicalista Rogério Duprat, o anfitrião interpreta em parceria com Roni Moraes, para, em seguida, rememorarem “Você não entende nada/Cotidiano”, do antológico encontro de Chico e Caetano, no show gravado ao vivo, realizado em 1972, no Teatro Castro Alves (Salvador/BA).
Alan Bacelar é um jovem compositor do movimento musical alternativo de Macapá (as chamadas bandas de garagem), mas que envereda pela MPB, tendo inclusive classificado música em festival do Rio de Janeiro. No show-manifesto, acompanhado pelo piano de Dilean Monper, Alan canta Imagine (John Lennon), em homenagem ao genial artista inglês assassinado em 8 de dezembro de 1980, ou seja, há exatos 19 anos. Depois, com a banda, faz Perfeição (Renato Russo) – canção contemporânea de protesto ao “Brasil da pilantragem do século 21”. Lula Jerônimo e Alê d’Ile homenageiam Tom Jobim, falecido também na mesma data e cidade (Nova York), mas há 10 anos.
Rebeca Braga despontou no Festival Jovem da Canção (Fejoca) e hoje é cantora reconhecida em nosso cenário musical – canta Lindonéia (Caetano Veloso/ Gilberto Gil), gravada recentemente por Fernanda Takai. Dylan Rocha tem o jamaicano Bob Marley como mestre e faz o reggae do umbigo do mundo. Cléverson Baía, parceiro do protagonista Aroldo Pedrosa, é convidado para mostrar Levemente Louca.
Layza Michelle e Brenda Nandes, que debutaram em shows recentes pelo projeto Botequim (Sesc Amapá), vão incorporar a cantora tropicalista baiana Gal Costa, com as clássicas Vapor Barato e Baby.
Importante momento do show-manifesto é a reverência que o artista – discípulo confesso do movimento tropicalista – faz aos 41 anos da Tropicália, rememorando dois episódios históricos e controvertidos da cultura brasileira: o Phono 73 – quando o compositor/cantor baiano Caetano Veloso, ao retornar do exílio londrino, se apresentou com o cantor brega Odair José, cantando Vou tirar você desse lugar. O segundo episódio é o polêmico Festival Internacional da Canção-FIC, de 1968, realizado no Teatro TUCA (SP) e promovido pela Rede Globo, onde o criador da Tropicália, acompanhado da banda Os Mutantes, defendeu a sua É proibido proibir, explodindo em um discurso que perpetuou a máxima “Vocês não estão entendendo nada”. A reverência culmina com o retorno de “1968 – o ano que não terminou”, do escritor e jornalista Zuenir Ventura – livro famoso que fala dos acontecimentos da época, reeditado agora e provocando novas e acaloradas discussões. Em Vou tirar você desse lugar, o músico Alan Bacelar faz o violão tocado por Odair José, e na emblemática É proibido proibir, a banda Vanguarda Amazônica recebe o reforço da Mini Box Lunar para reviver a banda tropicalista Os Mutantes. É proibido proibir é homenagem ainda aos músicos que fizeram Os Joviais – grupo musical amapaense, dos anos 1960, provocador da retirada do governador Ivanhoé Gonçalves Martins – o mais linha-dura de todos os governadores militares que vieram para o Amapá no período da ditadura –, ao tocar em evento a canção de protesto de Caetano Veloso. O vocalista-fundador da banda, Jô Masan, hoje com mais de 50 anos, é convidado para relembrar o inusitado episódio ocorrido no auditório do Cine Territorial (atual Escola Barão do Rio Branco) e cantar “Vou Ver Chicago”, feita numa noite longínqua e clandestina dos anos rebeldes.
No repertório tem ainda “Como 2 e 2”, composição de Caetano Veloso composta no exílio londrino para o rei Roberto Carlos e Soy loco por ti, América (Gilberto Gil/ Capinan), composição feita em homenagem ao líder guerrilheiro Che Guevara, morto em 1968. Esta canção (uma idéia de Caetano) é marco do Tropicalismo. E para temperar e mexer ainda mais o caldeirão, Linha do Equador – canção de Caetano em parceria com o compositor alagoano Djavan, e bem representativa da idéia da Tropicália no meio do mundo. E o show se encerra apoteoticamente com canções carnavalescas: Eu quero botar meu bloco na rua (Sérgio Sampaio) – que o Brasil inteiro cantou nos anos 1970, outra importante canção de resistência ao truculento regime militar instaurado no Brasil a partir de 1964 –, A filha da Chiquita Bacana e Chuva, Suor e Cerveja – marchinhas maravilhosas e pulsantes do disco “Muitos Carnavais” do doce bárbaro baiano.
Tropicália na Linha do Equador contará ainda com cenário, decoração e banquete de frutas. Não perca!
Serviço
Show: Tropicália na Linha do Equador
Local: SESC Centro – Avenida Padre Júlio com Rua General Rondon
Data: 8 de dezembro de 2009 – terça-feira
Início: 21h
Traje: Tropicalista
Entrada: Franca - leve uma fruta, de preferência tropical, para o Banquete da Tropicália
Por Lulih Rojanski
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