Sen. Randolfe Rodrigues, jornalista e poeta Alcinéa Cavalcante e poeta Thiago de Melo |
Poesia, Direitos Humanos e Política. Esse foi o clima da sessão da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do senado, nesta quinta-feira (16), realizada em comemoração ao Dia Nacional da Poesia, celebrado em 14 de março. O Senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) incluiu na lista de homenageados o poeta amapaense Alcy Araújo, falecido em abril de 1989. Sua filha, Alcinea Cavalcante, participou da reunião para receber a homenagem pelo pai.
Alcinea sentou-se à mesa ao lado de grandes nomes da poesia como os poetas Thiago de Mello, Adilson Amaral, José Junior Peixoto e Luis Amorin. Com tantos poetas, a poesia deu o tom da sessão. Alcinea deixou todos emocionados declamando a poesia Ironia dos Deuses, de autoria de seu pai, Alcy, além de uma poesia de sua autoria.
Randolfe declamou versos de “Os Estatutos do Homem”, de Thiago de Mello, logo depois, agradeceu e parabenizou Alcinea por sua presença. Lembrou ainda do “Poesia na Boca da Noite”, um encontro de poetas realizado mensalmente em Macapá, para divulgar e valorizar a poesia amapaense e descobrir e estimular os poetas que ainda não tiveram oportunidade de mostrar seus trabalhos. O senador relembrou os diversos encontros de poesia deste grupo e pediu também por mais poesia na política. ”que a poesia venha para a política e a transforme”.
O senado poderá editar livro com poesias de autoria dos poetas presentes à audiência pública, por sugestão do senador Randolfe.
Para Alcinea, a homenagem prestada pelo Senado foi um momento de ternura e solidariedade. Ela se lembrou do pai, dos poetas que o acompanharam em diversas noites de poesia, como Ivo Torres e Álvaro Cunha. Para encerrar , Alcinea lembrou a frase de Manoel Bispo “Onde não há poesia a vida pesa como chumbo”.
“Não, não tenho caminho novo. O que tenho de novo é o jeito de caminhar”. Assim o poeta Thiago de Mello iniciou sua fala durante a sessão na CDH. Aproveitou ainda para unir poesia e direitos humanos fazendo uma súplica à floresta. Para ele, a Comissão de Direitos Humanos também precisa estar envolvida no debate do código florestal, para garantir os direitos humanos de quem vive na floresta. Ele entregou um livro de sua autoria ao presidente da CDH, Senador Paulo Paim, e pediu aos senadores que seja feito um “pacto de amor com a floresta amazônica”. O poeta manifestou sua discordância com o projeto de lei que altera o Código Florestal, aprovado na Câmara e que será analisado pelo Senado.
Por Gisele Barbieri
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