A vida é mesmo uma teia de sintonias finas, filetes de energia pensante, sentimentos que saem da alma da gente e se encontram com a alma dos outros. Sábado pela manhã ouvia a Diário FM, programa Conexão Brasília, do amigo Cléber Barbosa, quando ele passou a entrevistar integrantes da banda Milionários R-5, que fez muito sucesso em bailes de Macapá nos anos 70. Criança crescida, atenta sempre às coisas da música, ouvia muito falar no "conjunto", assim que eram chamadas as bandas na ápoca.
Pois bem, ao ouvi-los pelo rádio hoje de manhã, liguei para participar do progranma e perguntar como era feita a seleção de repertório numa ápoca sem internet, com telefonia fixa cara e para poucos, TV com programação e canais limitados? Rodolfo Santos, Bebeto e Washington Caldas, os entrevistados, voltaram aos anos 70 lembrando que tudo passava mesmo pelo rádio. As novidades da música vinham de longe pelos bolachões (discos de vinil) trazidos por privilegiados que viajavam para outros estados.
Foi quando a sintonia se fez. Um deles resolveu tocar ao vivo, como exemplo de repertório da época em que a música popular era dançada com rostos coladinhos, a canção "Meu mundo e nada mais", sucesso de Guilherme Arantes no início de sua carreira. A resposta musical à minha pergunta veio exatamente com a canção que não me sai da cabeça há uns três dias, versos que venho cantarolando inadvertidamente e a melodia que faz o coração depor as armas. Putz! Como eles adivinharam? Sintonia fina é isso aí.
Os Milionários R-5 estão de volta e farão show no próximo dia 24 de julho, durante um lual na praia de Fazendinha. Verão, amor e saudade.
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