Então é só uma trégua, isso para que a gente de todo lugar sinta o calor do abandono com tanta força, que a solidão de ser vida se faça grito de transformação. Porque solidão não há de verdade, enquanto o que há por dentro de cada um for mistério, dor e inquietude. Só a chuva é capaz de explicar a infinitude, a incompletude necessária das horas, o caminho mais simbólico que o fim.
Então não há fim, muito menos começo. Mas, há sempre o recomeço pra mostrar que o amor é a estrada sagrada sem aflição. O amor é o lago das pétalas de chuva respingadas com delicadeza e sem sofreguidão. É o que é, desde que o arremedo da paixão se cure na sabedoria.